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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A eterna espera

Estamos sempre esperando por algo. Esperamos em filas, nos engarrafamentos, pelo elevador, por aquele amor eterno que nunca chega. Esperamos nove meses para ter nossos bebês, e depois que eles nascem, queremos que cresçam logo para começar a falar, porque muitas vezes é difícil interpretar o choro. E quando falam, queremos que aprendam logo a contar, e a ler, e que tirem boas notas, e que passem no vestibular, que tenham uma carreira, uma família, seus próprios filhos, e com só alguns meses já ansiamos pela vida inteira do bebê.

De um tempo pra cá comecei a tentar aproveitar a espera. Digo tentar, porque por incrível que pareça, viver um dia depois do outro é um desafio diário (isso ficou horrível, mas a idéia é essa mesmo). A fila não vai andar mais rápido só porque estou impaciente, nem o carro da frente vai se mover porque eu buzino ou deixo de buzinar. E definitivamente, meu filho não vai crescer antes de viver todos e cada um de seus dias. E eu também. Cabe a mim decidir se quero participar disso nesse momento ou se prefiro viver de projeções. Até aquele grande amor só será "o grande amor" depois que for vivido, um dia depois do outro.

Agora, eu tento olhar pela janela do carro e apreciar a vista, tento fazer alguma coisa enquanto estou na fila, ou simplesmente não fazer nada, porque fazer nada também é alguma coisa, coisa que às vezes esqueço. Tento aproveitar cada minuto compartilhado, trocar todas as carícias possíveis e falar com o coração, como se fosse a última oportunidade, como se eu não fosse estar aqui amanhã. Porque eu posso não estar. E porque na verdade tudo o que tenho é esse momento, aqui e agora.

Dar o melhor de mim, viver plenamente, não é só fazer a coisa certa, é fazer com o coração. Porque eu sou toda coração. E apesar de toda a dor que isso muitas vezes me traz, eu não conseguiria fazer diferente. E aqui estou eu, curtindo a espera, olhando para os lados e me sentindo plena com a vista, integrada no ambiente, fazendo parte de algo maior que é simplesmente esse momento.

E você, onde você está?

Enquanto você pensa na resposta, divido minha espera com você.
E a vista é linda!! Apesar da chuva.
(Isso te diz algo??)



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Na onda de Toy Story

Impossível não gostar. Ele nasceu na época do terceiro filme (mas conhece os outros dois), se emocionou, vibrou, sofreu junto com os heróis na mão do malvado urso rosa em pleno cinema lotado, e como não podia deixar de ser, não se cansa de repetir a célebre frase de Buzz:

"Ao infinico e alim!!"

Tudo bem, ao seu modo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dicionário de Pequenês - parte 2

Ominus é ônibus (estamos evoluindo, passamos de caixas de Omo a homens nus!)

A geléia é de motocó e não tem quem faça ele falar o contrário!

Com pipoca ele toma gualalá (tão bonitinho!!)

A mamãe trabalha no pucuntador.

E assim vamos...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Caverna

Meu pequeno adora túneis e avistar um é uma verdadeira festa! Outro dia fizemos um trajeto com vários, assim que cada vez que entrávamos em um, eu gritava "Túnel, túnel, túnel!!" e ele gritava junto. Até que em um deles, depois de alguns segundos, ele disparou: "Não mamãe, isso não é túnel, isso é caverna!!"

Como discordar?? Um dia ele vai se perguntar também como um túnel pode passar ANOS sem iluminação adequada. Nem gente morrendo atropelada dentro em plena madrugada fez isso mudar...