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sábado, 17 de dezembro de 2011

Enquanto isso, no trânsito...

Tá certo que quando chove o trânsito fica um caos, mas nem por isso as pessoas precisam esquecer os bons modos...

Parei no sinal verde antes da faixa de pedestres porque o cruzamento já estava quase fechado. Acho que não explicaram pra galera que aquelas faixas amarelas nos cruzamentos significam "não pare aqui". Um taxista parou atrás de mim e começou a buzinar porque o sinal estava verde, e ele teria razão SE O CRUZAMENTO NÃO ESTIVESSE FECHADO!! Não contente, saiu de trás de mim, passou pela minha direita, eu fiz que não com a cabeça em sinal de reprovação e ele me deu tchauzinho pela janela, se colocou na minha frente e terminou de fechar o cruzamento. Isso tudo porque estávamos na faixa da esquerda que ia terminar logo adiante (porque ia pra esquerda!) e ele ia seguir reto (e tinha três outras faixas pra isso!). O meu sinal acabou fechando e ele ficou parado no sinal seguinte, a menos de 20 metros de mim, patético...

Mas é isso aí, definitivamente o trânsito afeta a cabeça das pessoas, até a minha de vez em quando - como diz minha amiga Karla, incorporo um caminhoneiro... O que não dá é pra olhar sempre pro próprio umbigo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Gentilezas

Coisas inusitadas que acontecem quando você menos espera me fazem acreditar que o ser humano ainda pode ser gentil com o seu semelhante...

Estava na Mercatto comprando uma camiseta para o fim de ano e adorei uma pulseira de fitas coloridas. Comparando com outras (de cores diferentes), percebi que estava quebrada, faltava o coração que ficava pendurado na ponta. A vendedora foi super atenciosa, procurou na gaveta no meio de um milhão de outras pulseiras, a loja abarrotada de gente, mas realmente não havia outra igual. Ela fechou a minha conta e deixou a pulseira em cima do balcão, pra devolver. A moça do caixa continuou o procedimento, eu sem tirar os olhos da pulseira, e quando colocou o cartão na maquininha eu dei um pulo:

- Pode colocar essa também! Está quebrada, mas não tem problema, eu gostei muito e vou levar.

Ela pegou a pulseira, examinou e disse:

- Quebrada onde?
- Falta o coração da ponta, vê?? As outras tem, essa não, mas são de outras cores... E eu gostei dessa, vou levar assim mesmo...
-Não seja por isso...

E pra minha surpresa, ela pegou outra pulseira da estante, tirou não sei de onde um alicate de bijuteria e pegou o coração pra mim!! Só não conseguiu colocar na minha, porque a fila começou a aumentar e ela só tinha o alicate de ponta. Eu agradeci muito, falei que podia deixar solto que em casa eu arrumava, pois tinha os alicates. Ela sorriu e disse que não foi nada demais. Pra mim foi!! Fiquei muito, muito feliz!!

E isso me lembrou de outra ocasião, quando eu estava grávida. Gostei de um chaveiro que estava na vitrine da Dimpus do Centro, era uma flor de crochê, mas eram todos diferentes, não tinha a mesma flor da mesma cor dentro da loja (como se nota que as coisas artesanais e "exclusivas" me atraem, hahahahahaha). Pois a vendedora foi lá catar a flor da vitrine, e elas não podem modificar a vitrine!! Ela disse que era porque eu estava grávida, que não queria uma verruga no dedo dela, imagina....

Enfim, não sei se grávidas e épocas natalinas fazem as vendedoras serem mais atenciosas com as clientes ou se algumas simplesmente amam o que fazem e o fazem bem. Desde já se agradece!!

O elefante que não incomoda ninguém

Hoje eu estava escovando os dentes de manhã e de repente ouvi atrás de mim:
- O...i..... (voz grave)
Olhei pra trás e vi uma mãozinha pendurada no final de um bracinho esticado e uma criança escondida atrás da porta. E como não respondi, a voz grave repetiu:
- O...i..... (e dessa vez vi a mãozinha abrindo e fechando, hahahahahaha!)
- Oi! Quem tá aí??
- Sou eeu, o elefaaaante......
E a criança saiu de trás da porta, com o bracinho fazendo de tromba e o outro braço cruzado na frente do rosto!!

#coisamaislindadomundo  ♥

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Retrospectiva - 22.08.2011

Hoje de manhã indo pra escola:
- Olha mamãe, a rua está molhada, os carros estão molhados...
- É porque choveu de noite.
- Adão e Eva comeram muuuuitas maçãs. (???????)
- Filho, o que Adão e Eva têm a ver com a chuva?!??
- É que Deus fez muitas tempestades, mamãe!!
(Ô mamãe, como é que você não sabia disso?!??)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Os dálmatas

Ontem íamos pela rua e ele disse:
- Mamãe, olha um cachorro com bolinhas pretas!!
- É um dálmata, meu amor.
- Ele se chama assim??
- Sim, os cachorros brancos de bolinhas pretas são dálmatas. Você não viu na escola o filme onde tem um monte deles??
- Não.
- Ah, vou arrumar pra você então.
- Vamos ver no cinema?
- Não, em casa, no DVD.
- Ah, você vai comprar na "DVDria"...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deletando você

Extirpar você de mim está se tornando um processo mais lento e muito mais doloroso do que eu imaginava. Aquele que relacionou o sentimento com o coração não estava de todo errado, pois às vezes posso sentir cada farpa doendo dentro do meu peito. E para aqueles momentos em que a esperança vem, lembro das tuas palavras tão duras, da tua distância imposta, do teu silêncio. A dor é quase insuportável, mas é o que me faz seguir em frente, é o que me faz querer novos dias mesmo que você não queira fazer parte deles. Afinal, tudo na vida passa, você também vai passar. Algum dia alguém vai provocar em mim o que você provocou, vai saber me ler como você faz e à diferença de você, vai perceber do meu lado o seu lugar. Uma pena que não tenha acontecido com você. Não te culpo, eu entendo. Mas é uma pena, e dói.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Retrospectiva - 12.08.2011

Hoje ele estava carente e eu fiquei um pouquinho com ele antes de dormir:
- Mamãe, quando minha cama crescer você vai poder se esticar toda, né??
- Sua cama não vai crescer meu amor, só os seres vivos crescem.
- O cactus é um ser vivo.
- Isso!!
- E ele tem flores!!
- Verdade... (um pouco na dúvida)
- Mamãe, podemos ir na caatinga?? (!!!!)
- Er, podemos... (podemos?!??)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Retrospectiva - 27.07.2011

O pequeno ontem de madrugada lá do quarto dele:
- Mããããããeeeeee!!!
- Ooooiii!!
- Eu queroo... eu querooo.. mamãe!!
Awn, que fofo!! ♥
Fui pra lá toda feliz compartilhar rosto no travesseiro e bracinho em volta do pescoço!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Retrospectiva - 23.07.2011

Mamãe, o He-Man é do Vasco, sabia?? Ele usa a cruz do Vasco, então ele é vasco!!

Bem propício para a final do campeonato em alguns minutos... Torcendo pro Mengão, sempre!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Escolhas

Ultimamente tenho pensado muito no que define o que somos. Quem somos é algo só nosso e que só nós mesmos podemos ver. Nosso interior e nosso exterior. O íntimo e o que nos permitimos compartilhar. Mas na minha opinião, o que somos é diferente, é algo moldado, depende do entorno, depende das nossas escolhas. As malditas escolhas...

Primeiro, a dúvida diante da encruzilhada. O que pesa mais? O que é mais importante na hora de tomar um caminho e deixar todos os outros pra trás? Quais os parâmetros que definem essa escolha? E se de repente a gente percebe que pegou o caminho errado, por que é tão difícil dar meia volta e retomar ao ponto onde tivemos que escolher?

Percebi que meus parâmetros estão retorcidos. Que sempre erro tentando acertar. Porque a melhor coisa talvez não seja a coisa certa. Porque afinal, quem define o que é certo ou errado? É o que você aceita? É até onde você pode ir, os seus limites? Ou é o que você se impôs como padrão e depois disse "é isso o que eu quero pra mim"? E onde fica a emoção, esse ímpeto que te faz perder os sentidos e que te leva quase a se chocar contra outro alguém??

Depois de olhar em volta e conseguir identificar exatamente onde a decisão foi tomada, vejo que tudo o que aconteceu a partir daí dependeu da decisão. Difícil imaginar onde eu estaria agora se tivesse escolhido diferente, acho que teria dado tudo errado do mesmo jeito, éramos dois projetando expectativas. O que me confirma que somos o resultado de nossas escolhas. Isso me lembra aquele filme com a Gwyneth Paltrow, De Caso com o Acaso, onde na verdade o desdobramento se dá a partir de um "acaso", como pôde ser perder o metrô. Pena que não podemos fazer o mesmo e acompanhar o resultado de cada caminho. Na verdade, ainda bem. E como na vida, no filme fica claro que muitas vezes o nosso destino passa ao nosso lado e nem estamos olhando. Em outro filme, Os Amantes do Círculo Polar, eles tomam café a poucas mesas de distância em uma praça e não se percebem, e mais uma vez o "acaso" se encarrega de uní-los e separá-los, quando eles mesmos não o fazem. E eu, quando vejo "por acaso" aquela pessoa especial, aquele que me faz sentir viva só por pensamento, escolho olhar pro outro lado, perco o momento, jogo fora uma oportunidade.

O que me faz pensar que de repente é melhor não pensar. Afinal, se tudo o que fiz até agora teve um resultado diferente do esperado, talvez seja melhor largar de mão, deixar que o destino ou seja lá o que for se encarregue de colocar na minha frente quem quer que seja, quando for o momento. Porque eu já começo a acreditar em maldição, que te ganhei sem merecer e te perdi por te querer. E enquanto eu continuar sentindo, vou continuar querendo. Mesmo que você já tenha ido embora.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que faltou te dizer

Queria ter te contado que quando uma Mulher tem um filho, ela se desdobra em duas. Surge a Mãe, do nada, e ela tem que aprender na marra a lidar com as duas. Por isso tanta inconstância, por isso tanta dúvida, é uma batalha interna infinita porque uma não pode ganhar sem que a outra tenha perdido. Só que as duas são a mesma. Então, como faz?? Não tem nem como explicar o que não se entende.

Queria ter te dito que a Mulher ficou abalada com você desde as primeiras palavras trocadas. Mas ela não se deixou levar, não deixou você chegar perto, porque sabia que era perigoso. Talvez já fosse a Mãe liderando a situação. Mas não durou muito, a visita aconteceu, foi rápida e desconcertante. A Mulher queria ir em frente, a Mãe não deixou e no final eu preferi desistir pra não enlouquecer. Mas enlouqueci.

Queria que você soubesse que a Mulher sempre foi completamente livre de preconceitos, ela via exatamente o que estava na frente dela, muito além das tuas palavras. Mas tuas palavras deixaram a Mãe apavorada e ela impediu qualquer tipo de contato. Ainda assim, a Mulher não se importava com as palavras, ela queria o que não foi dito. Será que você enxerga?? Será que você sabe o que está aí dentro de você?? Será que você conhece o que a Mulher viu?? Porque as palavras são máscaras, escudos que nos protegem e nos forjam. O que vai dentro é o maior tesouro e muitas vezes fazemos força pra não ouvir. Acontece isso com você?? Porque "não me importa pelo que você passou ou o que teve que fazer para chegar até aqui, eu quero saber o que sustenta o teu interior quando todo o resto desaba." Eu queria te mostrar o que você talvez não estivesse vendo. Queria te contar a grandiosidade do que eu vi.

Queria ter te pedido pra ouvir o que você leva dentro. Eu não faço idéia do que seja, mas eu vi algo ali. Só você pode dizer se isso existe realmente ou se eu me enganei. E como te disse, não é da minha conta. Eu não posso fazer nada por você, só você pode. A pergunta é, você quer?? Demanda esforço ouvir a si mesmo e seguir o que deve ser feito, como o esforço que eu fiz pra me manter longe de você. Não era o que eu queria, mas acabou acontecendo. Ou não acontecendo...

Queria ter te contado que a Mulher ficou dividida apesar da força que a arrastava até você. Surgiu alguém que não estava sendo esperado e que cativou seu coração. Foi um olhar de reconhecimento, de reencontro, mais forte do que qualquer força interna na direção contrária, pois era como se já fizesse parte dela, como se já tivesse sido dela, como se ela tivesse deixado pra trás em algum momento e que agora retornava pra ela. Era a tranquilidade que ela buscava e que o pensamento em você roubava dela. E isso não podia esperar, não podia te esperar.

Queria ter te dito que teria sido ótimo te encontrar em outra época, em outro momento. Mas nenhum encontro é em vão. Sempre deixa algo de quem passa e sempre leva algo de nós. Enquanto eu arrumo a bagunça que você deixou, queria que você levasse de mim as palavras que eu não pude te dizer olhando nos teus olhos. Olha pra dentro de você. Se escuta. E aje de acordo, se quiser. Vai ser difícil, mas vai te fazer bem. Lá na frente. Porque se você se perder agora, vai ser muito mais complicado se reencontrar depois, catar todos os caquinhos quando tudo desmoronar. Colado não fica igual. Você precisa estar inteiro.

Eu não faço a menor idéia do que eu estou falando.
Espero que faça algum sentido pra você.
Agora ou em algum outro momento, quando esse momento chegar.
Mas era isso o que eu tinha pra te dizer.
Um beijo, fica bem.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A história mais linda do mundo

Mais uma segunda-feira atribulada. Acordar cedo com esse frio, de noite ainda, ele devagar como sempre a essa hora: come o café da manhã devagar, saboreia cada golinho de suco e entre uma coisa e outra, fica paradinho sentado na mesa olhando pro nada... E eu correndo de um lado pro outro tentando não perder a hora. E ele ainda quer conversar!!

- Mamãe, tenho uma história pra te contar...
- Agora não meu bem, termina o suco e coloca o uniforme da escola.

Depois de tentar me contar essa história umas 5 vezes, entramos no elevador e ele pergunta:
- Posso te contar minha história agora?
- Claro, filho.
- As crianças boazinhas me levaram pra Lua e eu fiquei lá com Papai do Céu esperando você. Aí um dia você veio me visitar e depois as crianças boazinhas me levaram pra você! Viu mamãe, é uma história bem pequenininha...

Com os olhos cheios d'água, agradeci ao elevador por me fazer parar durante quase um minuto.

Nesse momento disse a mim mesma que nunca mais deixaria de ter tempo pra ouvir o que meu filho me conta, seja lá a hora que for. Porque é o seu mundo que ele quer compartilhar comigo.
E histórias assim merecem ser ouvidas com uma reverência.


terça-feira, 14 de junho de 2011

Piquenique no Aterro

Vovó esteve lá em casa outro dia e ele todo feliz foi mostrar pra ela nossa cesta de pães e biscoitos.

- Olha vovó, já temos a cesta pra fazer piquenique no Aterro do Fluminense!

Menos, meu amor, menos... Ninguém mandou ser pó-de-arroz!!  =D

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu hoje

Hoje aconteceu uma coisa que, pela primeira vez, fez com que eu me questionasse sobre a vida que levo. Essa vida de mãe solteira com jornada tripla, a que trabalha o dia todo fora de casa deixando os filhos na creche, a que trabalha em casa sem deixar de atender as crianças e a que muitas vezes tem um trabalho extra para completar o orçamento. Hoje me questionei onde as mulheres do século passado estariam com a cabeça quando bateram o pé exigindo direitos iguais. Direitos iguais pra quê? Pra provar que podemos fazer o que quisermos, que podemos ir aonde nossos sonhos nos levem e que o quer que escolhamos fazer, vamos fazê-lo bem?!? Sim, eu sei que eu posso. Mas a pergunta que me fiz hoje foi: eu quero??

Senti saudade da mulher que eu poderia ter sido no tempo da minha avó. Que ficava em casa cuidando da comida, da roupa, da faxina. Hoje trabalho pra poder pagar alguém que faça isso por mim. Faz algum sentido isso?? Faltam horas no meu dia, sempre acabo deixando n coisas pra fazer no dia seguinte, como se o dia seguinte não fosse ter suas próprias tarefas. Não dou conta. Hoje desejei ser mujer florero, ficar em casa me ocupando dos afazeres do lar, receber meu marido no fim o dia com um beijo e a janta na mesa. Patético depender de alguém? Não ter vida própria? Pode ser, mas a verdade é que eu sinto falta da minha casa, do meu tempo pra cuidar das minhas coisas e principalmente, de ter todo o tempo disponível para o meu filho. Não que eu não seja uma mãe dedicada, eu acho até que devo estar um pouco acima da média, já que meu filho é minha responsabilidade e eu não delego isso a ninguém. Pode faltar tempo pra mim, não para o meu filho. Mas hoje eu percebi que por mais que eu me esforce, vão haver momentos em que eu não vou poder estar ali e isso me incomodou. Me senti a pior das mulheres, a pior das mães. Coisa minha, ele nem percebeu. Mas minha alma ficou traumatizada, como se tudo o que eu acreditava ter como base tivesse desmoronado.

Eu não sei exatamente onde nós mulheres vamos parar. Ser mulher no século passado também devia ter suas dificuldades, diferentes dessas, mas ainda dificuldades. A única coisa que sei é que hoje não estou tranquila. Tem um turbilhão de emoções dentro de mim se movendo vertiginosamente e eu não faço idéia do que fazer com elas. Vou dormir pra ver se se acalmam.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sobre retângulos, macacos e frutas

- Mamãe, o que é "retângulo-tango"?

Lembrei do Monstros S.A. e da Célia-élia...
- Ah, querido, é uma forma geométrica, que nem tem o quadrado, o círculo, o triângulo...

Cara de sabe-tudo:
- Não é nada disso ma-mãe.... É um tipo de macaco!!!

Cara de incrédula, quase sem conseguir segurar a gargalhada:
- Sééééériooooo?? Como é que diz mesmo?!?? (sorrindo, hahahahahaaha!!)

Cara de encabulado:
- Re-tân-gu-lo-tan-go... (bem baixinho...)

Com a maior paciência do mundo:
- Não, meu amor, se diz ORANGOTANGO!!

Cara de quem acendeu a luzinha lá dentro:
- Isso mesmo mamãe, e é irmão do MORANGO!!! São os três amiguinhos....

E lá íamos nós, eu gargalhando pelo meio da rua e ele falando as abobrinhas mais lindas do mundo!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Surpresa para a mamãe

Dia desses ganhei uma pedra.
Uma pedrinha qualquer, na verdade acho acho que nem pedra é, parece mais resto de obra, um pedacinho de cimento ou concreto que ficou por ali.
Mas ele achou, e era pra mim.
- Olha mamãe, uma PEDRA!!!! Vai ser sua surpresa, toma!!
E eu fiquei encantada, não pela pedra em si, mas pela felicidade em encontrá-la, por ter sido importante pra ele, por ele querer dá-la pra mim, e principalmente, por ver que as coisas simples são de verdade as mais importantes.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A dor da perda

Pela primeira vez vi meu pequeno chorar pela falta de alguém. Alguém que trouxe a felicidade, que se fez presente, que é muito amado, que era nosso, segundo seus olhos inocentes, mas que ainda assim decidiu partir. Não escondo minhas lágrimas de meu filho quando por algum descuido ele me pega chorando, tento explicar que mamãe também chora, que não é por nada que ele fez, que mamãe também fica triste às vezes.

Dessa vez, a dor que senti no meu coração foi imensa, porque suas lágrimas não foram de birra, manha, sono ou dor física. Foi por causa de algo que veio lá de dentro, que embargou a voz, que fez aquele rostinho de anjo se encolher no peito e suas mãos esfregarem os olhos, sem saber muito bem o que estava acontecendo. Perguntei se ele queria chorar, ele fez que sim com a cabeça, e nos abraçamos, e choramos juntos.

Mais tarde, ele voltou no assunto e perguntou porque quem partiu foi embora. De novo a voz embargada e o choro contido. Como explicar o que nem você sabe? Fiz o melhor que pude e logo mudei de assunto. Acho que ele esqueceu, pelo menos naquele momento. Mas a minha dor de vê-lo assim com certeza é muito maior do que a dor que nos fez chorar. Prometi a mim mesma que ele não vai mais passar por isso, pelo menos não por minha causa. É muito cedo ainda pra que ele aprenda que os sonhos terminam, que as pessoas dizem que vão ficar mas acabam indo embora, que muitas vezes acontece quando você menos espera e você tem, de uma forma ou de outra, que juntar os caquinhos do que restou e continuar caminhando. Uma e outra vez.

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Vou jogar minha Bússola no lixo!!